A meningite voltou a acender um sinal de alerta no Distrito Federal. De janeiro a setembro deste ano, foram confirmados 69 casos da doença, conhecida pela rápida evolução e pelo risco de sequelas graves. Em âmbito nacional, o Brasil registrou 11,2 mil casos até o dia 1º deste mês, com 1.121 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.
Do total de ocorrências no país, 4.867 casos foram de meningite bacteriana e 3.821 de meningite viral. As formas bacterianas concentraram a maior parte dos óbitos, com 799 mortes, enquanto a meningite viral foi responsável por 83 registros fatais. Os números reforçam a importância da vigilância e das medidas de prevenção.
Apesar do aumento pontual de casos, o Distrito Federal apresentou avanço significativo na imunização. Em 2024, foram aplicadas 30,3 mil doses de vacinas contra diferentes tipos de meningite, superando o quantitativo do ano anterior. A cobertura vacinal chegou a 95,3%, crescimento de quase dois pontos percentuais.
A gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luiza Pereira, explica que a vacinação pode ser feita de forma integrada. Segundo ela, uma única visita à unidade de saúde permite a atualização de diversos esquemas vacinais. “A dose da meningite pode ser aplicada junto a qualquer outra vacina do calendário”, destaca.
Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente cinco vacinas de proteção contra a meningite: BCG, Pentavalente, Meningocócica C, Pneumocócica 10 valente e Meningocócica ACWY. Esta última é direcionada principalmente a adolescentes de 11 a 14 anos e também utilizada como dose de reforço aos 12 meses de idade.
A Secretaria de Saúde reforça que a vacinação segue como a principal barreira contra surtos da doença e orienta pais, responsáveis e adolescentes a verificarem a caderneta de vacinação. As doses estão disponíveis nas salas de vacina das unidades básicas de saúde (UBSs) do DF.
O esquema vacinal contra meningite começa com duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses, que passou a ser feito com a vacina ACWY. Conforme a Nota Técnica nº 77/2025 do Ministério da Saúde, crianças que não receberam o reforço aos 12 meses podem ser vacinadas até os 4 anos, 11 meses e 29 dias. Já aquelas que receberam a dose no período indicado são consideradas devidamente imunizadas.
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